Espumantes são vinhos elaborados de uma forma especial, que preserva o gás carbônico produzido naturalmente durante a fermentação. Por isso, esses vinhos contém gás, na forma de pequenas bolhas, que trazem ao paladar uma sensação diferente e agradável. O Método Champenoise utilizado na elaboração dos sempre famosos Champagnes.
MÉTODO CHAMPENOISE
O método Champenoise foi desenvolvido na França, na região de Champagne, onde nasceu este vinho tão especial por suas bolhas e seu charme. Foi o único método de elaboração disponível até o surgimento de práticas industriais que levaram ao método Charmat, explicado adiante.
Até hoje o método Champenoise é utilizado nas famosas casas francesas da região de Champagne, por ser o método que garante uma qualidade superior aos vinhos assim produzidos. Devido à sua característica artesanal, este método encarece os espumantes assim elaborados, se comparado o custo mais baixo possível com o outro método.
1. UVAS BRANCAS E / OU TINTAS
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Champagne - Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay
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Brasil - Pinot Noir, Chardonnay e Riesling (Moscatel)
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Espanha - Cavas
2. ELABORAÇÃO DO VINHO BASE
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Inicia-se a partir de um vinho já pronto (vinho-base) que deve ter maior acidez e menor teor de álcool que um vinho pronto para consumo, pois a segunda fermentação produz mais álcool e achata a acidez do vinho base.
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Ao processo de segunda fermentação, que produz o espumante, chamamos tomada de espuma.
3. SEGUNDA FERMENTAÇÃO
Os espumantes são obtidos pelo processo de segunda fermentação, realizada em ambiente fechado, isto é, sem deixar escapar o gás carbônico gerado durante a fermentação.
A segunda fermentação pode ser feita na garrafa, como foi descoberto e realizado desde o início - o Método Champenoise ou Método Tradicional - ou em grandes tanques pressurizados, (autoclaves) - o Método Charmat.
NA GARRAFA - MÉTODO CHAMPENOISE
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Adição de leveduras e clarificante (geralmente bentonite)
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Fechamento com tampa "corona" (pressão de 6 atm)
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Duração de cerca de 3 meses
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Autólise das leveduras
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Após cessada, as garrafas podem ficar até anos para amadurecimento
4. "RÉMUAGE"
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Feita manualmente nos "pupitres" ou por meio de máquinas, as "gyropalettes"
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Os sedimentos vão descendo progressivamente e se acumulam no gargalo
5. "DÉGORGEMENT"
6. ADIÇÃO DO LICOR DE EXPEDIÇÃO
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Licor de Expedição - Vinho velho ou conhaque + açúcar
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Este licor é adicionado em pequena quantidade ao final do processo, antes do fechamento da garrafa.
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Sua função é recompor um certo teor de açúcar residual, ou mesmo construir um espumante mais doce
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Conforme a quantidade utilizada, podemos ter os diversos tipos de espumantes.
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Extra-Brut, Brut Zéro ou Nature: 0 g/l (não leva licor de expedição)
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Brut: 1-15 g/l
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Extra-dry: 12-20 g/l
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Sec:17-35 g/l
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Demi-sec: 33-50 g/l
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Doux: >50 g/l
7. FECHAMENTO DA GARRAFA
8. ARMAZENAMENTO